Hoje dia 8 de janeiro ocorreu a segunda fase da FUVEST. Muito estão ainda naquela dúvida. será isso mesmo o que quero. Outros já estão pensando o que farão se passarem e outros, infelizmente a maioria tem a mente encaminhada para o que farão para continuar na busca atravessando esse novo ano.
Sempre é tempo para pensar e poder optar profissionalmente entre o que nos encanta, o que repelimos para levar "uma vida" - isso mesmo - profissão não é a vida, mas faz parte direta e indiretamente do seu todo pessoal.
No título falamos que escolha profissional independe de ir bem numa matéria, gostar ou não amar a mesma.
ASSUNTO A SER ANALISADO
Numa escola muito bem posicionada em ranking no Brasil inteiro há uma professora em área de exatas que trabalha assuntos de orientação profissional com os alunos do colegial.
Disse ela para seus alunos-orientando que deveriam escolher carreiras apenas dentro de matérias em que tivessem sido melhor sucedidos.
Isso não é válido. Por que?
Cansamos de encontrar alunos que perante um teste sério de habilidade em matemática se descobriam com aptidão nessa ciência e não só isso, pareciam despertar em interesse também em outras áreas em que a habilidade numérica é porta de entrada, de permanência e de futuro. Mas, totalmente desmotivados e numa avaliação péssima de si mesmos para qualquer reflexão que levasse adiante uma proposta nessas áreas.
O que se conclui.
Nessas atividades específicas muitos alunos descobrem que não gostavam ou das aulas como as tiveram, ou dos professores ou de seus métodos e quando recebem um resultado ótimo em questões de raciocínio para exatas dizem não ser possível ser dele, tal a falta de confiança adquirida através da vida escolar.
Na orientação profissional um mundo se abre perante seus olhos e infeliz e tardiamente no momento das escolhas profissionais. Muitos recuperam essa falha, mas outros permanecem na insegurança. Esses acontecimentos são passíveis, principalmente para as matérias de exatas e biológicas. Mas envolvem todos os conhecimentos.
Vamos pular para humanas, onde após anos e anos de professor preocupado em cumprir conteúdo, fazer avaliações e dar uma aula certa de que a Historia ou geografia não muda, se acrescenta com o tempo, mas pode não estar no currículo programado do ano. As aulas podem se transformar em soníferos ou desinteresse e ignorância total aos fatos. Historia, geografia caem em desgraça enquanto escolha. E pensar que com isso elas carregam profissões como economia, direito, sociologia, política e todas. Todas as ocupações profissionais estão no mundo que gira e vai para a frente.
De repente os alunos chegam aos cursinhos vestibulares e se encantam com as aulas de histórias, geografia, filosofia, biologia e etc.
Um professor de 2o. grau justificou certa vez que os professores de cursinho não têm as tarefas administrativas de correções, preenchimento de fichas, por isso podem encantar os alunos.
Diríamos que são professores que também devem preparar aulas, questões mesmo que não tenham cunho de notas, mas são avaliações para verificação de situação.
Concluindo essa parte perguntamos aos orientandos quais as matérias mais chatas, quais as mais interessantes e a base muitas vezes está num professor quase mecanizado e/ou incompetente.
Perguntando se eles têm, ou tiveram professores com background (conhecimentos adquiridos) e know how (saber como fazer o que tem que ser feito). Explicamos o que é isso e como isso fará parte da vida deles como pré e profissionais.
É muito interessante que muitas vezes eles conseguem citar um, apenas. Mas sabem exatamente explicar que é aquele que sabe conteúdo, que sabe transmitir que estimula e as aulas que parecem acabar logo de tão gostosas.
COMO DEIXAR O INTERESSE LIGADO PARA ESCOLHA PROFISSIONAL
AO ALUNO, ORIENTANDO OU QUALQUER INTERESSADO
1- A questão em relação a resultados particulares de matérias específicas deve ser avaliada. Talvez um primeiro professor não foi feliz em ensinar e você foi colecionando na sua bagagem, no seu background resultados de quem não sabia o básico para acrescentar novos conhecimentos.
HISTORINHA REAL - Certa vez um orientando procurava por professor particular em química. Quando interrogada sobre o que tinha dificuldades respondeu qual era. O professor particular apenas disse que se era aquela a dificuldade então ela deveria estar zerada em seus conhecimentos já que era o básico para todo o resto. Não adiantava aula específica para um ponto da matéria, mas deveria ser revista toda a aprendizagem.
2- Faça um esforço e reavalie suas dificuldades nas matérias e tenha a coragem de fazer uma auto-recuperação de seu entendimento, compreensão e até pode alterar seu gosto por algumas. Isso vai lhe ajudar na sua aprendizagem total e lhe abrirá os olhos para um conhecimento nem tão difícil ou terrificante.
3- Caso você tenha pensado em carreira e desistido dela, pois acha que exige muita leitura e você não é fã disso saiba que em qualquer carreira você terá que LER para se atualizar. Pense também que ler sobre o que interessa e/ou seja necessário tem um aspecto diferente de ler por obrigação livros chatos. Mas em todo caso descubra SEMPRE o valor e o gosto por leituras, as mais diferenciadas. Isso lhe ajudará até em ortografias e gramáticas (que vêm embutidas nas leituras de forma agradável). Mais ainda e importantíssimo. Matemática é uma área verbal dentro dos raciocínios de inteligência geral. Se você não tem domínio de leitura terá dificuldades para realizar qualquer tipo de problema.
Pode ser que sua dificuldade em produto escolar esteja na ausência do hábito de leitura.
HISTORINHA - Tivemos um orientando que dizia que odiava ler. Não queria nem saber que lhe indicassem qualquer tipo de leitura. Descobriu que sua área de interesse dizia respeito a tudo o que fosse ambiental, florestal. Começou lendo pelos seus interesses. A historinha só é válida quando alguns anos após esse trabalho o encontramos entusiasmadíssimo participando de um sebo de livros com várias escolhas para leitura. (Sebo solidário).
4- Perceba assuntos que chamam sua atenção em noticiários, manchetes de jornal, conversas de amigos, conversas de mais velhos, filmes, livros, meios de comunicação. Perceba a que áreas de aprendizagem pertencem. Já encontramos péssimos alunos em resultado escolar para matérias de todos os tipos, mas que adoram assistir Discovery, National Geographic, Cultura e outros canais que se dedicam a vários tipos de conhecimentos, alguns dos que não t~em bom resultado escolar!
5- Acredite que muitos jovens acham que não têm interesse por nada sendo um caso perdido. Isso quando pais e professores, bem intencionados, mas sem senso não lhes enviam esses comentários negativos e que em vez de colocarem alguém a caminho, distribuem pedras de empecilhos, de desesperança e até de desespero, mas o jovem não sabe exatamente como sair dessa.
Uma saída é saber que se você levanta da cama já é algum interesse em fazer alguma coisa, mesmo que seja tão simples como viver.
4- Troque ideias com amigos e colegas. Em várias orientações individuais verificamos que essas conversas podem ser perigosas se alguém escolher o que o outro escolheu - Maria vai-com-as-outras. Mas há também aqueles que conseguem trocar ideias até se informando do que se anda pensando por aí.
Nesse caso não se desespere se o outro lhe parecer muito certo em sua escolha. Isso pode acontecer e em alguns casos podem levar anos para entrar em determinadas faculdades, como também podem ter escolhido a mais fácil, menos complicada.
Você é o dono exclusivo, sem sócio, do que decidirá fazer em seu futuro.
Esses são os primeiros passos que ajudarão na procura de uma profissão, mas tem outros e voltaremos com esses pequenos pitacos sugestivos.
AOS PROFESSORES e também alunos
1- No inicio do ano letivo, ou melhor, um pouco antes, ocorrem os planejamentos. Que tal em qualquer série para áreas específicas dizerem O QUE É A SUA MATÉRIA e acrescentar cm dados do que ela já contribuiu para o desenvolvimento do mundo e mais, tente levar notícias de recém descobertas. Faça uma interação dinâmica entre a matéria e o mundo em que se vive.
2- Faça desde o inicio do ano uma programação para uma vez por mês ou mais frequente ter o dia das descobertas de conhecimentos. Peça aos alunos que encaminhem dúvidas mais amplas que os pontos de matérias, mas pertinentes. Cria-se como uma caixa de sugestões, solicitações etc. Melhor ainda se o aluno trouxer ideias trocar entre eles e sob a supervisão do professor. Com certeza todos sairão ganhando. Se for necessária a tal nota para que alguns mantenham o interesse coloque uma ou duas questões da prova com o que se passou nesse dia especial.
NOTA - esse tipo de aula/acontecimento NÃO É ATRASO de nada e ainda DESPERTA INTERESSE e provavelmente melhores notas, pois há melhore entendimentos.
3- De vez em quando faça uma avaliação diferente. Marque - ou pode até ser prova surpresa - uma rápida avaliação que será feita no final de uma aula. Nessa faça duas questões, uma de matéria dada anteriormente e outra da aula do dia. Pode valer até 1 ponto a mais na nota ou não valer nada e ninguém perde, mas também não ganha. O aluno é responsável pela sua aprendizagem e você - professor- dinamiza a aprendizagem, a aula e um relacionamento mais agradável de aulas e avaliações.
4- caso você seja destinado a orientação profissional e alunos saiba que essa área precisa de alguém especializado na área. Se você for assumir qualquer coisa no gênero, mesmo que informalmente prepare-se para isso. Há muitas leituras que podem lhe ajudar (mesmo nesse blog), mas diga que você apenas está trabalhando algo para ajudá-los a optar e que tudo depende dele aluno continuar em sua busca. NUNCA diga algo fechado no sentido "se você é isso ou fez isso ou qualquer outra coisa é melhor desistir".
No exemplo dado lá em cima da professora que disse que os alunos devem partir apenas para o que são melhor sucedidos em notas escolares um aluno quase desiste de uma profissão que realmente tinha tudo a ver com ele. Ao longo da vida temos visto muitas vezes isso acontecer, alguns desses alunos depois de estarem na faculdade resolvem interromper e partir para seus interesse e descobrem que suas notas nem sempre foram fieis a suas capacidades. Alguma dúvida sobre essa última parte?