segunda-feira, 12 de julho de 2010

FIVE O'CLOCK TEA - 3o. e último capítulo

GARRA DE VENCEDOR e BOM HUMOR

-continuando -
Voltou forte o tema sobre garra, força, vontade, e se deixasse, este assunto seria tratado durante dias.
Quase todas falaram juntas sobre o fato de os filhos amarem aprender, descobrir, conhecer, serem desafiados sobre o que faziam diretamente e até sobre todos os assuntos que existissem na face da terra.
Maria Anna Roncalli reconhecia:
- Meu filho mesmo dizia: "Sinto uma necessidade e um desejo apaixonado de estudar... um anseio inquieto de saber tudo, de estudar todos os grandes autores, de me familiarizar com o movimento científico em todas as suas manifestações".
Pauline Einstein ria enquanto falava que Albert inspirava-se para descobrir respostas em tudo o que observava. Se girava a cadeira, se a luz reagia, se jogava com algum brinquedo, tudo era motivo pra descobrir porquês.
CE (Convidada Especial) lembrou-se de um fato que havia lido há pouco tempo. Einstein num encontro com estudantes, lembrou que professores tinham como tarefa principal provocar a alegria de trabalhar e conhecer. Muito feliz por ter crianças dialogando com ele, se entusiasmou e disse: "Pensem que todas as maravilhas, objetos de seus estudos, são a obra de muitas gerações, uma obra que exige esforço entusiasmado e trabalho de todos. Nas mãos de voces, tudo isso é herança que voces recebem, respeitam, admiram, AUMENTAM e transmitirão fielmente aos que vierem depois de vocês. Criar obras que sobrevivam aos homens. Isso é sentido de vida e progresso."
A pausa silenciosa foi para que todas as mães pensassem que as crianças deveriam ser estimuladas, e muito, para o saber.
- É bom encontrar pessoas que demonstrem garra para alcançar seus objetivos, dentro de principios éticos, respeitador aos outros. Para Teresa a capacidade de ação não tinha medidas. Trabalhar, resolver problemas, urgência, praticidade, concentração, tudo nela foi além, muito alem das expectativas. - continuou Drana.
- Winston era tão persistente, que nunca fez nada pela metade. - Lady Churchill disse. Ela também se lembrou de algo que ele disse e que ficou surpresa ao saber que é uma das frases preferidas dos adolescentes no século XXI: "Nunca desista. Nunca. Nunca. Nunca.".
Amalie disse que Freud era persistente, descobridor, estudioso e, sobretudo, curioso.
"A calma de espírito perante as dificuldades constitui a miunha força" - com essas palavras de seu filho Giovanni, Maria Anna, falando solenemente, desencadeou novo tópico de troca de idéias.
Qual era o termômetro emocional de cada um?
Descobriram que João XXIII costumava dizer a si próprio: "Por favor, Giovanni, não se leve tão a sério".
Já Albert Einstein refletia: "Meu sentimento de responsabilidade já não me esmaga e deixo de me levar, a mim e aos outros, a sério demais. Vejo o mundo com bom humor".
E Teresa de Calcutá dizia: "As três virtudes que quero que sejam minhas características: abanadono de si - confiança - alegria".
CE estava embevecida com tudo o que ouvia, quando reparou que todas olhavam para ela.
Endireitou-se na cadeira. Devolveu a xícara de chá no pires. Sorriu. Encabulou-se e percebeu que deviam ter-lhe feito alguma pergunta. Sorriu novamente esperando perguntas daquelas fisionomias curiosas, simpáticas e acolhedoras. Veio a questão da parte da anfitriã:
- E seu filho, minha senhora, como ele é?
Agora, percebida pelas outras, como se só tivesse entrado nesse momento, surpreendeu-se mais com sua resposta do que pela pergunta que lhe foi dirigida:
- Meu filho? Meus filhos?! São normais, só falta lhes dar um cachorro!
Acordou. Tinha dormido no meio da tarde. O cochilo daquele domingo virou um belo sonho que seria continuado e ela estaria gostosamente acordada.

(Um dos livros consultados e indicados MENTES QUE LIDERAM de Howard Gardner, Editora Arts Médicas)

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