segunda-feira, 12 de julho de 2010

TÃO BEM COM A MÃE QUE ME ACOLHEU

quarta-feira, 21 de abril de 2010

TÃO BEM COM A MÃE QUE ME ACOLHEU

Mais um capítulo do livro TMQT - TAMBEM COM A MÃE QUE TEM.
Hoje a personagem central da narrativa faz aniversário. Parabens para a Priscila!
Não estou em nenhuma prateleira para ser escolhida, mas sei que vou ser, independente de terem me visto antes. Vou ser surpresa. Vou ser procurada e achada, porque já sou amada antes mesmo de ter nascido. Não sei se minha mãe de gestação não me quer, não me "pode" querer. Parece até que sinto seu sofrimento por ter decidido me entregar a outros braços. Mas, onde vou nascer, há alguns que não são queridos mesmo, as mães reais nem sofrem por entregar seus filhos, elas se desfazem deles. É triste. Mas eu terei outra sorte. Parece até que ouvi minha mãe rezar e desejar para que minha nova família seja legal. Ela jamais saberá como serão minhas feições. Jamais me encontrará. Acho que ela sofre algumas vezes com esta ideia. Mas assim mesmo, será melhor para mim. Tomara que ela encontre um caminho suave para crescer bonito. Ela tambem é uma menina, como eu.

Quando eu sair da maternidade onde vou nascer, sei que haverá uma ameaça de ser entregue ao juizado de menores, mas minha nova e verdadeira mãe estará por perto me esperando. Acho que ali, naquela espera, ela passará por 18 meses de gestação e não apenas por nove. Ela terá um lindo xale amarelo na mão que será entregue para a enfermeira que me levará para um local, que será trágico se tiver que ficar lá.Mas, sei que minha mãe estará por perto. Estarei tranquila. O xale será bem macio de ternura, porque ele foi feito com esse fio. Eu irei precisar muito disso. Assim que chegar a um porto mais seguro, quando sair da maternidade, meu pai virá buscar a minha mãe e a mim. Já sinto aconchego. Isso será pela vida afora e até já sei que serei administradora de empresas. Ia esquecendo-me de dizer que, aquando eu tiver uns cinco anos, chegará uma irmã à minha casa. Seu caminho só será parecido com o meu. Minha irmã virá com mais de um ano. Já terá sofrido rejeição, misturada com alguns gestos de carinho, fora da barriga da mãe. Mas com o carinho que receberá de nossos pais e tambem, acredito, de mim, estará para nascer pessoa mais de bem com a vida do que ela.

Alguns anos mais tarde chegará um irmão, esse virá da barriga de nossa mãe. Todos teremos consciência de nossas historias. Todos teremos o mesmo valor.

Posso definir que a casa onde vou ficar é extremamente alegre. As trocas de felicidades entre pais, filhos, tios, primos, avós... Ah, os avós! Meu avô e minha avó, serão pessoas demais de especiais com a gente e com todos os que os conhecem. As trocas de felicidades com certeza sobrarão para outras pessoas tambem. Acho que vou ter muita sorte. Vou dar umas instruções aqui n berçario. Mas, será que sou eu que posso mudar este mundo ai fora? Serei muito pequena e dependente. Acho que mudar as opções de como terem filhos, não posso, não. Mas sei que posso passar algo mais importante para as crianças que vêm de provetas humanas como eu - esperança. Vou espalhar arrasar com esperança, para as crianças e para tantos possiveis pais, principalmente para as ainda bem TAMBEM COM AS MÃES QUE NOS ACOLHEM!

- Grande novidade, já estou nascendo e tudo vai se realizar!

(Esta historia pode ser contada, porque bem vivida por Priscila, Vilma, Othoniel, Carolina, Daniel.)
Esta historia deveria ser vivida por tantos brasileiros e assistida por tantos que ainda acham que o futuro é ser adotado por estrangeiros. No Brasil há condições de muito amor para todos. E, há necessidades da sociedade evoluir, também!

Postado por Maria Dobradura às Quarta-feira, Abril 21, 2010 



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